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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Parei

No dia 15 de março os educadores do Paraná paralizaram suas atividades para cobrar das autoridades maior compromisso para com a Educação. Esta manifestação fez parte da Mobilização Nacional pela Educação, que ocorreu nos dias 14, 15 e 16 de março.
Após ter participado deste ato, senti vontade de escrever alguma coisa que exprimisse o que senti durante todo o dia. Aí vai o textinho:

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Oportuna Idade

Aqui vai um texto que produzi para um trabalho do Curso Profuncionário - Multimeios Didáticos, sobre as arapucas do capitalismo. Espero que gostem!

OPORTUNA

IDADE


Lembra de um tempo em que arapuca era recurso ingênuo?

Pra pegar passarinho, com migalha de pão como isca

Hoje vivemos nesse tal de sistema, que é capitalista

Onde quem por dinheiro não mata, sem ele acaba morrendo


Oportuna Idade!

Você pode! Você quer! Você precisa!!!

Se está triste, doente, melhora na compra

Coitada da pizza, que nos lembra partilha

Para mim só sobrou um caroço de azeitona


Eis aí uma contradição:

Trabalhar, trabalhar pra engordar o patrão

Com salário de fome, um trabalho servil

Sim! É você que enriquece o Brasil!

Sem direito, sem nome, nem casa nem chão


Na escola seu filho recebe merenda

Mas não sabe pra quê vai servir estudar

Pão e circo ao povo e a aula é na tenda

E à TV cabe agora o poder de educar


Amor? Dinheiro! Justiça? Dinheiro! Saúde? Dinheiro

E eu que não tenho, que nasci brasileiro

Só me sinto feliz ao chegar Fevereiro.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ao Templo do Conhecimento eu voltei...



Aqui estou
Ao templo do conhecimento voltei
Agora não apenas para beber daquele néctar
Mas para ajudar a prepará-lo
Não apenas para degustar e descobrir
Mas também para demonstrar e desvelar
Para apontar o caminho, ou os caminhos
Para ajudar a escrever o pergaminho
Da formação de seres pensantes
E tambem da minha formação constante
Aqui estou
E pude descobrir a luz
Que existe dentro de cada aprendiz
O talento que já nasce com aquele que respira
Que inspira e que transpira conhecimento
Que transcende o ouvir, o falar e o ter
Que alcança em sua maior pleitude
O ser, o saber
O viver

terça-feira, 27 de julho de 2010

Em nome da liberdade de imprensa...

Há um grande fantasma (yo no creo!) a assombrar o país nos últimos meses. Trata-se do boato de que a liberdade de imprensa está ameaçada, pelo fato de estar em discussão o tratamento dos conteúdos trabalhados pela mídia e pela proximidade das correntes ideológicas que governam o país atualmente com alguns líderes de países autoritaristas.


Que a liberdade de imprensa, de expressão, de credo, enfim, de tudo o que foi conquistado até agora seja um tesouro que não pode mais ser perdido, ninguém discute, afinal todos sabemos que este é o elemento fundamental para que qualquer país possa sonhar com a democracia.

Porém, também precisamos reconhecer o impacto que a mídia exerce sobre a sociedade e, por isso mesmo não podemos deixar de discutir as formas pelas quais ela vem interferindo em nossas vidas.Se não podemos tolerar o Estado manipulando a imprensa, também não podemos deixar que grupos de interesses alheios ou até mesmo contrários aos da população continuem a ditar sua cultura e nos empurre goela abaixo qualquer conteúdo, sem que ao menos possamos opinar sobre sua qualidade.

Não se pode negar que a mídia está presente na formação do caráter das crianças brasileiras. Muito mais que os pais ou quem quer que seja por elas responsável, a mídia se aproxima, fala diretamente e da maneira mais sedutora às gerações em desenvolvimento e consegue delas tudo o que quer.



Nos maiores veículos de comunicação, a programação infantil não oferece nenhum auxílio ao Estado nem aos pais, na formação de cidadãos críticos e conscientes de seus direitos e deveres, ou, nos casos mais populares, fazem exatamente o caminho inverso, uma vez que é através desta programação que muitas de nossas crianças tem seu primeiro contato, mesmo que visual, com armas e com a violência em geral.


É por isso que devemos questionar se os meios de comunicação em suas programações voltadas ao público menor de idade, estão cumprindo ou ao menos obedecendo aos princípios do Estatuto que este ano está completando duas décadas. A sociedade não pode deixar que a grande mídia continue a deformar o caráter das nossas crianças em nome da liberdade de imprensa.

sábado, 17 de julho de 2010

A Lei do Menor Esforço na Gestão Escolar

A Educação, dever do Estado e da Família, com a colaboração da sociedade (Art. 205 da Constituição Federal 1998), tem sido alvo de discussões, debates, estudos, teses, graças a Deus! Sinal de que ainda há esperança. Mas uma coisa é certa, quando entramos numa classe do ensino fundamental ou médio da rede pública de ensino, percebemos que há muito que se fazer para que a Educação atinja seu objetivo principal.


E neste ponto, já encontramos um sério problema. Qual é, ou quais são os objetivos da Educação no Brasil hoje? Creio que esta pergunta será respondida de forma diversa por pais, professores, políticos, intelectuais e demais segmentos da sociedade. E mesmo apesar de tantas divergências de opiniões, todos concordam que tais objetivos, sejam eles quais forem, não estão sendo atingidos.


A se somar a tantas outras opiniões, a minha é de que a Educação serve para que o cidadão em formação perceba o que está acontecendo no mundo, através de uma análise do passado, do presente e uma breve projeção de futuro. Buscando o conhecimento do outro e de si mesmo, o aluno poderá entender qual o real sentido de sua existência, e qual a importância que ele tem no desenvolvimento de sua sociedade, na construção do saber, da cultura e na continuidade de sua espécie. Creio que isso deva significar o pleno desenvolvimento do aluno, seu preparo para o trabalho e para exercer cidadania.


Mas como podemos observar, trabalhar todos estes conceitos, todo este conhecimento, desenvolver este saber com os alunos em sala de aula está sendo tarefa cada dia mais inexeqüível pelos nossos professores. E não podemos nem sonhar em dizer que a capacidade das crianças em reter conhecimentos está diminuindo. Elas até tem trabalhado bem com a sobrecarga de informações que tem recebido, não só elas, mas toda a sociedade moderna, onde a informação nos vêm a qualquer hora e local, diferentemente de épocas em que a família tinha um horário certo para ouvir as notícias do rádio, e muitas vezes apenas o patriarca tinha acesso a elas.


A indisciplina, a distração e a falta de motivação é que tem dificultado o trabalho dos nossos nobres educadores, frente a um público cada vez mais carente de uma formação familiar regrada e organizada. Sabemos que hoje muitos, incontáveis pais despejam os filhos na escola, e a ela delegam o trabalho de educar, de dar jeito numa criança que eles não tiveram sabedoria, paciência ou vontade de inserir no mundo da formação do ser humano.


Tudo bem, acolhamos pois, estas crianças que não tem culpa da formação que tiveram ou não até aqui, não podemos excluí-las do processo educacional por não se encaixarem nos padrões da escola. Creio que a escola é que precise se encaixar nos novos padrões da sociedade, assumindo uma responsabilidade que há algum tempo não tinha. E o Estado tem dado condições para que estas escolas façam este trabalho. Ao menos, condições materiais e estruturais. Capacitações também têm sido feitas para que os educadores debatam, discutam as novas facetas da sociedade moderna, e se adaptem a ela. Infelizmente, no que tange ao reconhecimento e remuneração adequada, em todos os Estados a política ainda é muito aquém de um país que quer alcançar as grandes potências mundiais.


De qualquer forma, as políticas de estado para que haja uma gestão democrática, em que a escola divida com a família e com a sociedade o papel de educar, estão em pleno desenvolvimento. O oferecimento de capacitação de pais através de Grupos de Estudos, o Dia da Família na Escola, a abertura do Conselho de Classe a todos os membros do Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil, e todo o incentivo para que estes Órgãos Colegiados atuem de forma cabal nas deliberações e na fiscalização do trabalho da escola tem sido crescente, ao menos no Estado do Paraná, nos últimos 10 anos.


Sabemos que na maioria das Escolas públicas, há uma cultura de abandono dos pais em relação aos filhos, no que se refere à vida escolar, e o trabalho de arrebanhar estes pais para a participação na escola não é simples. Há que se desenvolver em cada escola, em cada situação específica, uma política de acolhimento, de chamamento deste segmento da comunidade escolar para que se sinta motivada a participar, que não vá à escola apenas para receber más notícias dos filhos, mas que vá receber condecorações, assistir a espetáculos que seus pequenos podem desenvolver, que vá doar um dia do mês ou do ano para um trabalho de conservação do ambiente escolar, ambiente em que seus filhos passam tantas horas do dia.Sim estas políticas existem por parte da Secretaria de Educação, mas não são efetivadas em muitas escolas, pois impera nestas instituições a Lei do Menor Esforço.


Esta desmantela qualquer tentativa de construção da tão sonhada Gestão Democrática, participativa, voluntária. Acomodados à sua carga horária de 40 horas semanais, armados com o discurso de que não recebem nem para isso, os gestores destas instituições, e demais professores e funcionários deixam de executar qualquer trabalho maior como por exemplo, uma reunião de pais num sábado pela manhã, ou um evento cultural no fim de semana. Para aqueles que trabalham durante o dia, se prestar ao serviço voluntário numa noite seria o fim do mundo, e todas estas pessoas, bem menos que as crianças, acabam sofrendo com a queda na qualidade do ensino público.